BIOGRAFIA

Fabiano Schroden_1977

Começou a fotografar em 1996, com uma Canon FTb-1975. Devido a um acidente de mountain bike, costumava passar o tempo com a máquina que havia em casa, no período de recuperação, que não saiu mais de suas mãos, transformando-se em pouco tempo em sua profissão.
Ingressou em Comunicação Social-Jornalismo (1997), por conta da fotografia. Chegou a exercer o fotojornalismo, mas sua paixão sempre foi a fotografia documental. Fundou, junto a amigos, uma revista de surf e skate, chamada Boards. Os anos na Boards o levaram a conhecer as primeiras comunidades tradicionais caiçaras no litoral do Paraná, procurando ondas, no final da década de 1990, quando estava no segundo ano da faculdade. Nessa época, nasce o interesse em aprofundar-se nas histórias sobre os povos originários e tradicionais, passando a acreditar num o caminho que levava aos Andes, sem nunca na época ter ouvido falar sobre o Peabiru.
Depois de formado, pós-graduou em cinema na mesma instituição, Universidade Tuiuti do Paraná e, com a fotografia, passou por diversas áreas, desde o fotojornalismo, fotografia documental, natureza e fotografia de esportes, especializando-se em fotografia aquática de surf.
Montou alguns estúdios, fotografando moda e campanhas publicitárias em geral, aprofundando-se em fotografia-macro.

No início dos anos 2000, publicou uma matéria assinando texto e fotos para National Geographic-Brasil sobre o Arquipélago de Currais. Foi a primeira vez que o arquipélago veio a público nacionalmente.

Avançou para área educacional, criando o curso “Fotografia Intuitiva” em Uberaba, Minas Gerais, onde montou uma Casa de Cultura no antigo prédio da Schroden Filmes, de seu avô, João Schroden Jr, (fotógrafo e cinegrafista que iniciou suas atividades na década de 1930) e, para restaurar e catalogar o acervo, que incluía películas cinematográficas de nitrato em 35mm, fundou o Instituto Schroden.

Atualmente dedica-se ao lançamento do seu livro, “O Berço do Sol”, que reúne mais de duas décadas de pesquisas na área de antropologia, etnologia e história.

Possui um extenso currículo de viagens em solo brasileiro, incluindo especiais experiências na Amazônia e Peru, e orgulha-se da “biblioteca do Berço do Sol”, com algumas obras raríssimas.

Fabiano Schroden

A caixa estanque hoje segura livros. Um objeto que me reserva muitas lembranças, não só pelas experiências com as viagens e mares que enfrentei, mas principalmente por ter buscado entender e praticar o “surf dolphins”, aprendendo a usar a força cíclica das ondas a favor, além dos treinos intensos de apneia na piscina. Aliás, depois que passei a ter algum domínio do surf dolphins, sabendo buscar refúgio no silêncio da profundidade, nunca mais “enfrentei” mar algum; passei a comungar com o oceano. A fotografia aquática de surf mudou minha vida. 

A caixa estanque hoje segura livros. Um objeto que me reserva muitas lembranças, não só pelas experiências com as viagens e mares que enfrentei, mas principalmente por ter buscado entender e praticar o “surf dolphins”, aprendendo a usar a força cíclica das ondas a favor, além dos treinos intensos de apneia na piscina. Aliás, depois que passei a ter algum domínio do surf dolphins, sabendo buscar refúgio no silêncio da profundidade, nunca mais “enfrentei” mar algum; passei a comungar com o oceano. A fotografia aquática de surf mudou minha vida. 

Eu não tinha ideia de quanta história havia por trás da vida dos homens do mar e como iria aprender com eles. Dediquei grande parte de minha vida às pesquisas pelas histórias que me revelaram. E na dimensão do conteúdo histórico oculto que cabe-nos desbravar, vivi muito tempo sem saber se moldava uma profissão ou se insistia num amor solitário, que hoje chamo de missão. 

Eu não tinha ideia de quanta história havia por trás da vida dos homens do mar e como iria aprender com eles. Dediquei grande parte de minha vida às pesquisas pelas histórias que me revelaram. E na dimensão do conteúdo histórico oculto que cabe-nos desbravar, vivi muito tempo sem saber se moldava uma profissão ou se insistia num amor solitário, que hoje chamo de missão. 

A fotografia publicitária foi uma área que apareceu da noite para o dia em minha vida. Da época da fotografia de surf, dos rolos de filme, da película, negativo e diapositivo (slides), ao período do meu primeiro estúdio, foi exatamente na transição mundial da fotografia analógica à digital.  Tudo novo, foi difícil me acostumar com um equipamento que me limitava ao tamanho de imagem que o sensor fosse capaz de captar, diferente de ter a luz queimada num pedaço de plástico que o melhor scanner do mundo me daria a maior imagem do mundo.  Fotografar moda e campanhas publicitárias ajudou no financiamento das expedições. Meu estúdio era o meu patrocinador.

A fotografia publicitária foi uma área que apareceu da noite para o dia em minha vida. Da época da fotografia de surf, dos rolos de filme, da película, negativo e diapositivo (slides), ao período do meu primeiro estúdio, foi exatamente na transição mundial da fotografia analógica à digital.  Tudo novo, foi difícil me acostumar com um equipamento que me limitava ao tamanho de imagem que o sensor fosse capaz de captar, diferente de ter a luz queimada num pedaço de plástico que o melhor scanner do mundo me daria a maior imagem do mundo.  Fotografar moda e campanhas publicitárias ajudou no financiamento das expedições. Meu estúdio era o meu patrocinador.

E tudo começou a aparecer rápido demais, horizontes ampliaram-se numa velocidade impressionante, praticamente quando me vi, já estava lá.

E tudo começou a aparecer rápido demais, horizontes ampliaram-se numa velocidade impressionante, praticamente quando me vi, já estava lá.

E a ideia mais arrojada que eu pudesse ter nessa época não deixei escapar. Confiei com todas as forças que poderia ser capaz. E, assim, nasceu o projeto “Estúdio na Floresta”. Por que não? Por que não levar meu estúdio pra dentro da floresta e poder fotografar etnias com as mesmas técnicas de portrait? Inspirado no trabalho dos antigos ilustradores que acompanhavam os naturalistas, para em seus desenhos poderem documentar os povos nas mais minuciosas técnicas realistas, embalei 40 metros de cabos, duas cabeças de flashs, tripés, softbox, rases, lentes, máquina… e ah sim, algumas mudas de roupas também.

E a ideia mais arrojada que eu pudesse ter nessa época não deixei escapar. Confiei com todas as forças que poderia ser capaz. E, assim, nasceu o projeto “Estúdio na Floresta”. Por que não? Por que não levar meu estúdio pra dentro da floresta e poder fotografar etnias com as mesmas técnicas de portrait? Inspirado no trabalho dos antigos ilustradores que acompanhavam os naturalistas, para em seus desenhos poderem documentar os povos nas mais minuciosas técnicas realistas, embalei 40 metros de cabos, duas cabeças de flashs, tripés, softbox, rases, lentes, máquina… e ah sim, algumas mudas de roupas também.

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